1649-014

Aqui suplantam-se os intelectuais...

sexta-feira, maio 19, 2006

Uma palavra de revolta
Mesmo reconhecendo e apoiando, com todo o vigor, o direito à greve, começa-me já a repugnar a vergonha que é actualmente a função pública em Portugal. Para além de recorrerem constantemente a greves sem qualquer tipo de justificação minimamente plausível, continuam (na sua maioria) a prestar um péssimo serviço aos portugueses!
Esta atitude dos funcionários públicos irrita qualquer contribuinte (e qualquer português)! Para além de sermos mal atendidos, na maior parte das vezes, ainda temos que presenciar justificações grevistas como as que hoje são apresentadas "contestar a forma como está a ser realizada a reforma do Estado; risco de instabilidade no emprego e nas carreiras e a perda do poder de compra". A estas justificações completamente absurdas acrescenta-se o facto da greve ser sempre marcada para um dia estratégico (sexta-feira ou segunda-feira)! Agora respondam-me com sinceridade: Não está esta função pública a chegar a um extremo do absurdo?!
Mais, não consigo entender como é que tanto se queixam e tanto pedem, se são dos trabalhadores (na maior parte dos casos) que menos tempo de trabalho têm por dia! Qualquer privado trabalha até às 18h aproximadamente (quando não é mais). Mas os funcionários públicos não... têm de sair às 16.30h ou 17.00h (apesar de existirem horários flexíveis...). Na verdade, a função pública do nosso país não tem credibilidade, nem argumentos de trabalho para reivindicar o que quer que seja! Porque quem não faz por merecer, também não pode ver a sua condição a melhorar! Cada um tem o que merece! É inadmissível que a função pública continue a gozar com os portugueses, dispendendo os nossos impostos enquanto fazem "crochet" ou lêem os jornais no seu horário laboral!
Protesto contra esta greve! Não é justificada, nem é merecida!
P.S. - De notar que existem funcionários públicos que merecem muito mais (como os funcionários judiciais) que têm imenso trabalho e fazem por merecer as melhorias reivindicadas!

2 Comentários:

Blogger Ricardo JM disse...

desde o inicio dos tempos que nos deparamos com avaliações ao trabalho politico: sao assim assim, maus, desastrosos ou os piores de sempre. esquecendo o que fica para a postriori, nao seria defensável, logicamente, fiscalizar e avaliar o trabalho dos subalternos da administraçao publica? os sindicatos (amados por muitos, odiados por outros e dando alimento a outros tantos), desde que me lembro tem os mesmos dirigentes, que defendem sempre a mesma coisa e criticam tudo o que se muda. nao seria exigivel - já que são todos muito e bons trabalhadores -, uma avaliação por mérito?é verdade que ha perca do poder de compra mas porque somos pouco produtivos, ainda assim, com progressao de carreiras submetidas a avaliação e aumentos com base em avaliações de mérito (organização independente conjuntamente pelos chefes de divisao e se for caso disso, por colegas de trabalho), não seria um crivo que faria poupar milhoes ao estado e meter muito boa gente a trabalhar a sério? muito se poderia dizer sobre este tema, mas quando a eloquência e valores dos sindicalistas os fazem arrastar greves para as sextas ou segundas, penso logo no prof. joão césar das neves e nas suas teorias a proposito da idoneidade moral de muitos desses pró-grevistas, que, ao que me parece, são mais um reflexo da moral instalada neste país. na verdade, fico a pensar, quando ouço o sr. carvalho da silva a dizer que assim o país nao anda para a frente, "meu deus"! este homem está para a economia política como os muçulmanos devotos, para as costeletas de porco no churrasco - simplesmente nao percebem nada disso.
mas enfim, é o país que temos.

19:21  
Anonymous Anónimo disse...

A esperança dos promotores da greve não é a de que o empregador, com a empresa parada, tente evitar a ruína satisfazendo a reivindicação; é a de que o cidadão, privado de coisas de que absolutamente necessita, exija do Estado a reposição da normalidade.

18:51  

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