sem medo de amar a liberdade
"para o orador que se preze, um dos truques retóricos mais comuns consiste em apresentar, logo de entrada, um conjunto de premissas de aceitação universal, para depois, bem embalado por aquelas, formular a conclusao, assim induzindo o seu ouvinte ou leitor, sobretudo o mais distraido, na dócil convicção de que o epílogo decorre, linear, dos pressupostos. para cativar a audiencia, costuma-se, num discurso politicamennte correcto, afirmar fidelidade a uma politica equilibrada, sensata, que nao crie roturas na sociedade, nem provoque desequilíbrios ou fendas, que seja realista e viável, gerando o crescimento possivel sem o comprometer, contudo, o futuro das gerações vindouras. apresentado assim, o que vem a seguir soa melhor, parece de todo aceitavel e, muitas vezes é mesmo dispensado. ficam só as imaculadas premissas, que, de tão obvias, até dispensam quaisquer complementos. quem pode afinal discordar de algo tao sensato? (...)".
rogério alves - bastonário da oa
boletim da ordem dos advogados jan/fev 2006
quem nao pode concordar com tal inabalável e recorrente técnica?
"para o orador que se preze, um dos truques retóricos mais comuns consiste em apresentar, logo de entrada, um conjunto de premissas de aceitação universal, para depois, bem embalado por aquelas, formular a conclusao, assim induzindo o seu ouvinte ou leitor, sobretudo o mais distraido, na dócil convicção de que o epílogo decorre, linear, dos pressupostos. para cativar a audiencia, costuma-se, num discurso politicamennte correcto, afirmar fidelidade a uma politica equilibrada, sensata, que nao crie roturas na sociedade, nem provoque desequilíbrios ou fendas, que seja realista e viável, gerando o crescimento possivel sem o comprometer, contudo, o futuro das gerações vindouras. apresentado assim, o que vem a seguir soa melhor, parece de todo aceitavel e, muitas vezes é mesmo dispensado. ficam só as imaculadas premissas, que, de tão obvias, até dispensam quaisquer complementos. quem pode afinal discordar de algo tao sensato? (...)".
rogério alves - bastonário da oa
boletim da ordem dos advogados jan/fev 2006
quem nao pode concordar com tal inabalável e recorrente técnica?
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